sexta-feira, 3 de maio de 2013

VAMOS FALAR DE ABANDONO...


imagem retirada do Google



O abandono dos animais é um fenómeno cada vez mais evidente. As famílias gostam de ter o seu companheiro patudo em casa porque cria um ambiente saudável e familiar, contudo, ter um animal de estimação não traz só vantagens exige tempo, dispensar algum rendimento e dedicação, isto durante todo o ano e não apenas durante determinado período. Assim, é na altura das férias que se verifica o maior abandono animal, as famílias saem e não podem levar os seus animais. E, em vez de procurarem alternativas como por exemplo deixar em alguém conhecido ou num abrigo temporário para animais, optam pela solução mais fácil deixando-os ao abandono, à mercê do destino.. É um facto triste e cruel mas real e cada vez mais comum.

Um aspecto que contribui para elevar o número de cães abandonados é que, de tempos a tempos, torna-se moda possuir um animal de determinada raça. Desde que a collie Lassie fez sua estreia nas salas de cinema, em 1943, basta uma raça ganhar os holofotes para que a sua procura aumente. Passando a moda, muitos donos cansam-se de exibir o seu animal, por acharem que dá muito trabalho.
Para estimular a posse responsável de animais e diminuir o abandono de cães nas ruas e abrigos, era importante que a nossa legislação fosse menos branda e, principalmente, que fosse devidamente aplicada.


As crises económicas são outro fenómeno que amplia esta realidade, as famílias possuem menos recursos para fazer face às suas despesas e ter um animal de estimação pode não fazer grande estrago no orçamento mas tudo o que é secundário são despesas a cortar e nestas alturas de apertar o cinto, ter um animal de estimação torna-se menos confortável.
Para o cão, o abandono por parte do dono é uma experiência devastadora, da qual se dificilmente recupera. Os cães, como os seus ancestrais - os lobos - são programados pela evolução para seguir o líder da matilha. No caso dos cães de estimação, esse líder é o dono – sem ele, o animal fica desorientado e perde as suas referências. Muitos recusam comida, entram em depressão e chegam a morrer de tristeza. A única forma de reverter a carência e a aflição dos cães abandonados é encontrar-lhes um novo dono. Esse é o papel de associações com a APA - recolhem animais das ruas, dão abrigo, alimento, esterilizam e depois procuram um novo lar para eles.

É preciso (trans)formar a sociedade em que vivemos para que as pessoas sejam sensíveis e receptivas a mudar esta realidade.

A APA faz um apelo:

 - Sensibilize: fale deste assunto com vizinhos, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, dando-lhes a entender a importância de condenar o acto de abandono de um animal.

 - Partilhe: Se fizer férias sem poder levar o seu companheiro patudo, peça a um amigo ou familiar que o receba e guarde na sua ausência, fazendo o mesmo em troca.

 - Recorra a espaços que aceitem animais de companhia: Já são muitos em Portugal, será bom para uma mudança de mentalidade também no sector turístico.

 - Pondere a sua realidade: quantas vezes nos é dito que se adoptou um cão porque se gosta muito de animais, mas ele fica muito tempo sozinho, e acaba a destruir sofás, a roer sapatos, etc..

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