domingo, 29 de julho de 2012

CUCA - A MAIS LINDA HOMENAGEM

A Ana Cruz mandou-nos um sentido email e um lindíssimo poema dedicados à sua Cuca, aqui ficam as palavras e a saudade.
"A Cuca, uma pequena Cocker preta, foi e é, ainda hoje, a minha grande razão de amar os cães, de querer salvar e fazer felizes os animais abandonados e estúpidamente maltratados pelos que se dizem donos.
Com pena de não poder fazer muito mais, eu, que não possuo nem pessoas nem animais, mas encontro neles, simplesmente os meus irmãos, escrevi este poema, em verso e lágrimas , a um" simples...cão", porque não sei recordá-lo de outra forma.
Não tenho vergonha de quem se ri nem e muito menos de quem pensa que um animal é uma coisa que se tem para tratar a seu bel prazer, lamento essa forma de pobreza. Só se conhece o amor, quando se ama!
 Eu paguei para ter a Cuca,é verdade, mas não comprei, nem poderia comprar o amor que ela me deu. Por isso ela ficou para sempre no meu coração e nestas palavras que falam de parte da nossa história:


CUCA

Dez anos de amizade verdadeira
De amor sem condições, de obediência
que nunca teve treino nem coleira,
Dez anos de ternura e paciência.

Dez anos me esperaste, dia a dia,
Com os mesmos latidos de alegria
E muito amor por mim, sem exigir...
- Quem te ensinou, a ti, a dar-me um beijo
Todas as noites, para eu dormir
E quem me ensina, a mim, a tua ausência !

Alma gémea de irmã, sempre comigo
Um focinhito preto, atento, amigo...
- Nos teus olhos redondos e brilhantes
Que a noite, leva para além dos céus
Já não cabem afagos nem adeus!

Chegaste ao fim do tempo, Companheira,
E ainda estou parada, aqui, sem norte,
Impotente na dor, olhando a morte
que não distingue donos e animais,.
(- quem me dera rever-te, quem me dera!)
Pensando se estarás  à minha espera
Lá, onde eu não te encontro nunca mais..."

Ana B Costa Cruz


Cara Ana, agradecemos muito que tenha partilhado conosco as suas palavras e o que vai no seu coração, é uma bonita homenagem, todos aqueles que como nós já viram partir um amigo verdadeiro sabem o que doi, sabem o vazio que fica que o tempo nem ninguém preenche ou apaga, ficam-nos a memória, as imagens e o amor a emoldurar a saudade.

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